Em nova entrevista, a Chiara fala um pouco mais do novo álbum, de música e dos planos pro futuro.
A cantora se revela
por Orietta Cicchinelli
Roma – “Me sinto uma
cidadã do mundo e carrego dentro de mim um pedaço de todos os
lugares que passei, do Rio a Nova York”. Se apresenta assim Chiara
Civello, cantora, compositora e pianista romana, com pitadas de jazz
e bossa nova, e que estará se apresentando em 08 de maio, 21 horas,
no Teatro Sistina.
M - Civello, como será o show?
CC- Apresentarei o meu
quarto álbum de inéditas, Al posto del mondo, para quem não me
conhece, farei um resgate do meu repertório.
M - Este trabalho é o
primeiro registrado e produzido totalmente na Itália. Você define
como a maturidade...
CC – É sem dúvida o
meu trabalho mais livre, a fotografia mais fiel da Chiara de hoje,
que voa de E Se a Trouble (canção intensa escrita com Bacharach), à
dimensão blues de Hey Caro Ragazzo, até a interpretação da famosa
Il Cuore è uno Zíingaro,
M – Se você tivesse
que associar o seu nome a um gênero musical, qual escolheria?
CC – Eu não estou
presa à um gênero porque nas minhas canções as fronteiras se
rompem e as distâncias ficam pequenas, vivem por todo o mundo. Na
minha música, sonoridades latinas convivem com ritmos jazz e outras
influências.
M – Este ano você
também participou em Sanremo com a canção Al Posto del Mondo: como
foi esta primeira vez? Você retornaria?
CC – Foi uma linda
experiência, onde eu encontrei o grande público: o Festival é uma
ocasião importante para se fazer conhecer. Eu o vivenciei como um
parêntese romântico, muito emocionante. Certo que eu voltaria: ali
foi apenas uma canção, uma peça de um grande mosaico que é o
show. Eu estava pouco interessada pela disputa em si: me interessava
mais me apresentar aos expectadores presentes e aqueles que
acompanharam pela TV.
M – E sobre o dueto com
a Francesca (Michielin), de X-Factor?
CC – Escutei sua
canção, era linda, e cantar com alguém de 16 anos me fez voltar no
tempo: quando eu tinha essa idade e ganhei uma bolsa de estúdio para
os EUA, abracei assim a música! Francesca é verdadeira, que toca
diversos instrumentos.
M – Sobre os
talent-show, em geral, o que você pensa?
CC – Não sou uma fã.
No geral eu acho que são uma fábrica de ilusões, como os reality.
O formato destaca o fazer e desfazer de uma estrela, mas a carreira
de um artista não pode ser decretada em um programa de talentos: se
deve poder cair e reerguer-se nos anos, enquanto estes garotos, mesmo
quando são talentosos, são como meteoros e isso eu não gosto.
M – Projeto e sonhos de
Chiara Civello?
CC – Estou em turnê,
depois de Roma, passará por Foggia, Milão e Bolonha...depois,
para o verão, tenho vários projetos discográficos, mas não quero
falar agora: os geminianos, como eu, são vulcões que mudam de idéia
continuamente!
Fonte (em italiano): Metronews