Amanhã tem a parte bônus do Especial, por hoje, um artigo italiano da época do lançamento do álbum, que retratou as expectativas da Chiara em relação ao The Space Between e à sua carreira em geral.
A importância do Espaço Entre
por Gaetano Lo Presti
Entrevista realizada em julho de 2008, na ocasião de seu show para "Aosta Classica".
Chiara vírgula Alessandra Civello. A compositora romana, que abriu o concerto de Mick Hucknail em 19 de julho de 2008, no Teatro Romano di Aosta, conta que trata-se de um engano burocrático de um documento. Quando pequena pensava que “vírgula” fosse seu segundo nome! Talvez seja por isso que na sua música há tanta importância o espaço entre – the space between. A tal ponto que batizou com este título o seu último CD: “ A música é geralmente vista como uma progressão de notas, eu, ao invés, amo vê-la como uma progressão de pausas. Na construção das canções, mais que preenchê-lo tento deixá-lo vazio. É o espaço que te faz perceber melhor a realidade, que te faz sentir a falta de alguém, que não te faz dizer tudo de uma vez, mas pouco a pouco, enquanto a necessidade de falar se intensifica.”
Os espaços, Chiara sabe muito bem como superá-los. Nascida em Roma, se mudou muito jovem para os EUA: primeiro para Boston, depois a NY. “É necessário largar os hábitos e as coisas que já são conhecidas, para aventurar-se, com um pouco de medo pelo desconhecido. Tive muitas experiências porque estou convencida de que quanto mais perdemos, mais encontramos”.
Entrevista realizada em julho de 2008, na ocasião de seu show para "Aosta Classica".
Chiara vírgula Alessandra Civello. A compositora romana, que abriu o concerto de Mick Hucknail em 19 de julho de 2008, no Teatro Romano di Aosta, conta que trata-se de um engano burocrático de um documento. Quando pequena pensava que “vírgula” fosse seu segundo nome! Talvez seja por isso que na sua música há tanta importância o espaço entre – the space between. A tal ponto que batizou com este título o seu último CD: “ A música é geralmente vista como uma progressão de notas, eu, ao invés, amo vê-la como uma progressão de pausas. Na construção das canções, mais que preenchê-lo tento deixá-lo vazio. É o espaço que te faz perceber melhor a realidade, que te faz sentir a falta de alguém, que não te faz dizer tudo de uma vez, mas pouco a pouco, enquanto a necessidade de falar se intensifica.”
Os espaços, Chiara sabe muito bem como superá-los. Nascida em Roma, se mudou muito jovem para os EUA: primeiro para Boston, depois a NY. “É necessário largar os hábitos e as coisas que já são conhecidas, para aventurar-se, com um pouco de medo pelo desconhecido. Tive muitas experiências porque estou convencida de que quanto mais perdemos, mais encontramos”.
Se explicam assim os seus brilhantes encontros artísticos. “A vida é a arte do encontro. Eu sou uma profissional de momentos, porque, revivendo os momentos, de um certo modo, obtive encontros importantes. Um deles foi fundamental, com o percussionista Jamey Haddad que me apresentou Russ Titelman, que em 2005 produziu “Last quarter moon”, o meu primeiro trabalho, pela Verve. Assim, fui a primeira italiana a firmar contrato com o selo de Louis Armstrong e Ella Ftzgerald. Com ele, muitas portas foram abertas. Por exemplo, conheci Burt Bacharach. Russ enviou a ele a minha música “Parole incerte”, e ele quis me conhecer. Assim escrevemos juntos Trouble.”
Depois de realizar o sonho americano, agora Civello trabalha para o sonho italiano. “Quero comover tantos corações na Itália como no exterior. Foi recém gravado o dueto “L´ironia di sempre”, para o último cd de Pino Daniele, e com ele cantei no Estádio San Paolo. E depois, tenho enormes projetos. Tudo grande, grande, grande... não tem limites.”