domingo, 7 de outubro de 2012

Mais uma entrevista antiga, do lançamento do Last Quarter Moon!

Dessa vez a matéria é do Italiansrus, também de 2005.

Lembrando que para ler todas as entrevistas e informações relativas ao começo da carreira da Chiara (de 1996 até agora) é só ir na nossa seção de ANTIGUIDADES

Entrevista com a cantora, compositora e pianista Chiara Civello
Por Anthony Parente



Chiara, obrigado por conceder esta entrevista para o italiansrur.com. Eu tive o privilégio de ouvir seu novo álbum, Last Quarter Moon, e fiquei muito impressionado com sua voz e seu estilo. Eu desejo muito sucesso nesse seu álbum de estréia.
Os leitores gostariam de saber um pouco como foi sua infância na Itália.

Onde você nasceu e cresceu?

Eu nasci e cresci em Roma, Itália. Mas eu tenho sangue do sul da Itália: meu pai é de uma das cidades mais antigas da Sicilia, Módica e minha mãe é de Bari, na Puglia. Eu sou muito ligada a Sicília, eu passei grande parte da minha infância e temos uma grande família lá.

Como foi nascer e crescer em uma família italiana?

Foi maravilhoso. Como você acha que é comer sempre a melhor comida e beber os melhores vinhos desde o primeiro dia do seu nascimento?

Quem mais a incentivou a buscar e estudar música?

A primeira pessoa que percebeu que a música estava em mim foi minha nonna Bianca. Ela tinha um piano onde tocava uma velha canção e passava muito tempo com ela. Todos os dias ela me incentivava a tocar piano, como se eu fosse uma pianista, e mesmo eu não sabendo como tocar direito, ela me fez levar isso muito a sério. Graças a ela eu ficava horas procurando melodias, a princípio só nas teclas brancas, porque as pretas eu tinha medo. Mais do que minhas mãos, minha imaginação é que trabalhava. Mais do que um início, eu diria que foi um despertar calmo e lento.

Quando você percebeu que jazz era o tipo de música que você queria fazer?

Na verdade eu não me considero uma cantora jazz. O jazz foi uma importante parte do meu desenvolvimento musical, mas eu sinto que a minha viagem tem tomado diferentes direções agora. O que eu amo é escrever canções. E minhas musicas refletem vários elementos que amo e que tive contato ao longo dos anos. O jazz foi a minha introdução à musica.

Quando você estudou música e, em particular, jazz?

Enquanto eu estava no colégio em Roma eu estudei música e cantando numa escola particular de jazz chamada Saint Louis Music Academy por quatro anos. Aos 16 anos eu fui para algumas oficinas feitas pela Berklee College of Music e eu ganhei uma bolsa para continuar minha educação nos Estados Unidos. Então em 1994 eu me mudei para Boston onde me formei em 1998.

Fale-nos sobre seu álbum de estréia Last Quarter Moon

Last Quarter Moon é uma coleção de fotografias da minha vida. Eu saí de casa muito nova para perseguir o sonho de me tornar uma mucisista, e eu deixei muitas coisas para trás. Tem sido muito difícil algumas vezes e muito recompensador em outras. Last Quarter Moon se estende pelo trajeto onde a partida encontra a chegada, o ganho encontra a perda. A lua minguante, raramente mencionada na poesia e literatura, é o último pedaço de lua antes do nascimento de uma nova. Eu acho isso extremamente atraente, porque é um momento de incerteza, que evoca um conflito entre o senso de renovação e a permanência de elementos do passado. Quem me encorajou a escrever músicas foi Russ Titelman, depois que ele ouviu uma demo da primeira canção que escrevi ("Parole Incerte"). Ele trabalhou comigo por um ano e depois conseguiu para mim um contrato com a Verve, e produziu o álbum. Tem sido uma experiência incrível.

Qual sua música favorita do Last Quarter Moon?


Não tenho uma favorita. Todas são muito especiais para mim.

É difícil produzir um álbum no qual você tem músicas em inglês e em italiano?

Não para mim, e eu acho que não para o Russ. Eu não tinha escolha. Sou italiana, afinal, e eu não poderia esquecer minhas raízes, e inglês é o que eu venho falando pelos últimos 10 anos.

Há algum cantor ao qual você tenta se modelar?

Não. Há vários cantores que eu admiro, porém. João Gilberto,  Elis Regina, Bjork, Oum Kalthoum, Mina, Paolo Conte, Amalia Rodriguez, Tony Bennett, Nat King Cole.

Há algum projeto no qual você está atualmente trabalhando?

Estou atualmente promovendo meu disco e estou sempre trabalhando em novas músicas.

Se você pudesse fazer um dueto com qualquer cantor no mundo, quem seria?

Bem, depois de cantar um dueto com Tony Bennett não sei o que mais eu poderia sonhar. Eu gostaria de cantar um dueto com Sting em algum momento, e Stevie Wonder.

Fonte (em inglês): Italianrsus