quarta-feira, 30 de maio de 2012

"O último disco é sem dúvidas aquele que espelha o meu mundo de agora: irônico, rítmico, um pouco agressivo e perdidamente romântico."


Entrevista de 2011 com a Chiara, após o lançamento do 7752, curtinha, estilo "mata mata".






Entrevista com Chiara Civello: cantora e compositora romana


Formada na Berklee College of Music de Boston, compôs e colaborou com gigantes da música como Burt Bacharach, James Taylor, Tony Bennet, Juan Luis Guerra, Pino Daniele, Nicola Conte, Daniel Jobim, Phil Woods.


Chiara já lançou três álbuns: “Last Quarter Moon ” (Verve 2005), “The Space Between” (Universal/Emarcy 2007) e “7752” (Universal, Sony 2010) com nomes como Marc Ribot, Jaques Morelenbaum (que já esteve ao lado de Tom Jobim, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ruichi Sakamoto), Mauro Refosco (Thom Yorke, David Byrne) Guilherme Monteiro e Ana Carolina: pop star brasileira com a qual escreveu e interpretou a canção Resta.


Pergunta – Quem és?

Chiara – Sou o nome que tenho: Chiara (Clara). Eu gosto do mundo e de viver em diversos lugares. Eu gosto dos outros. O que não gosto é tomar decisões, pois assim as decisões me restringem.

Pergunta – Qual o trabalho que fizeste que te representa melhor?

Chiara – O último disco é sem dúvidas aquele que espelha o meu mundo de agora: irônico, rítmico, um pouco agressivo e perdidamente romântico. É o disco em que me senti mais livre para brincar: se intitula “7752” como os quilômetros em linha aérea entre NY e Rio.

Pergunta – Seus projetos para o futuro?

Chiara – Um outro disco. Uma turnê na Itália e no Brasil. Colaborações (ainda secretas!) entre os quais um belíssimo dueto com um grande violoncelista, Jaques Morelenbaum.

Pergunta – Alguém que inspire tua criatividade?

Chiara - Picasso, Peggy Lee, Ennio Morricone, Jobim, Chico Buarque, Fernando Pessoa, Charlie Chaplin. Mas também a chuva, as nuvens, o vento, a saudade, os encontros, os adeus, a distância, o mar, os sonhos, o ciúmes, o medo, as estações e os aeroportos. Então também os portos. E as palavras dos outros.


9 de maio de 2011
Entrevista de Irene Salvadorini

Fonte (em italiano): U-skill



segunda-feira, 28 de maio de 2012

"Chiara Civello, uma voz nômade"

Entrevista muito legal feita pelo site Stile Femminile à época da divulgação do álbum 7752 na Itália (após alguns shows no Brasil):



Voz que conquista a partir da primeira ouvida. Há pouco a dizer diante do currículo e da qualidade da música de Chiara Civello, revelação italiana da música internacional. Um produto muito distante do mundo dos 'reality shows', nascida e criada com a música ao vivo e os estúdios dos grandes do jazz. Primeiro em Roma, depois nos Estados Unidos para uma bolsa de estudos e, rapidamente depois da noite, o primeiro contrato.

Uma carreira em contínua ascensão, desde o primeiro disco "Last Quarter Moon", lançado com a Verve, primeira artista italiana a conquistar esse objetivo. O segundo álbum, "The Space Between", é de 2007 um álbum muito íntimo, reflexivo, que levou até "7752", o disco mais recente. Em meio a estes três discos, muitíssima experiência, uma colaboração com Burt Bacharach e tantôs kilômetros, como a distância que liga Rio de Janeiro a Nova Iorque, as duas cidades que a artista escolheu, que dá título ao novo disco.

Chiara Civello é um talento feito na Itália e ainda a ser descoberto, enquanto a Billboard e o Herald Tribune já enalteceram seus louvores. Stilefemmunile te convita a escutar seu último disco e, na estréia de seu site oficial, a ser conquistado pela sonoridade envolvente da sua música. Não perca a oportunidade de escutá-la em 13 de novembro em Roma, e 26-27 em Milão e nas outras etapas da turnê italiana.


SF: Seu percurso se inicia em Roma, estudando numa Escola de Jazz. Ganhou então uma bolsa de estudos para a Berklee School de Boston, aonde aperfeiçoou sua música em clubes muito importantes. O próximo passo foi NY, depois Rio e uma volta pelo mundo. Como mulher e artista, quais são, para você, as vantagens de um estilo de vida "nômade"?

CC: A vantagem de um estilo nômade seja como artista ou como mulher é que mudando de cidade e de um país muda-se de ares e ideias e sobretudo se fabrica nostalgia (saudade) que pode te tornar forte e sincero.

SF: Seu mundo musical é fluido, se compõe de jazz, composições, sonoridades brasileiras, melodias mediterrâneas. Quais foram os seus mestres?

CC: Meus mestres foram e são ainda hoje os encontros, o amor, as despedidas, a distância, as paixões e o tempo.

SF: Analisando seu currículo, você surpreende pela riqueza da sua experiência. Que conselho você daria a um jovem que quer começar uma carreira artística em um país desatento como a Itália onde shows de talentos emergem até a exaustão?
CC: Eu aconselharia todos a fazerem uma viagem somente com seu próprio instrumento ou meio de expressão, pincél, lápis, caderno (se for um piano, melhor deixá-lo ali!). Porque creio que a disciplina, especialmente no começo, é importante para fortificar o canal expressivo o máximo possível. Na arte, para achar uma própria voz, antes de tudo deve-se sentir um desejo premente de expressar-se e se deve estar preparado para tudo, independente dos fatores externos como a preguiça e a distração de um país. Como diz Elvis, "Home is where the heart is", casa é onde o coração está. Portanto não depende do país e dos limites...

SF: Na cena contemporânea - falo de música mas também de cinema, moda e qualquer outro âmbito criativo - na sua visão, quais os artistas mais interessantes?

CC: Mmmh, deixe-me pensar...só mulheres, né? No cinema gosto como Sofia Coppola retrata as diferenças; na moda como um jogo entre o sensual e o casual Stella McCartney e, no que diz respeito à música, gosto de Joan As Police Woman, voz maravilhosa; na Itália acho que Carmen Consoli achou o equilíbrio adequado entre reinvenção e fidelidade ao que se sente.

SF: No seu último disco, "7752", você colaborou com músicos excepcionais, entre eles Ana Carolina, Jaques Morelenbaum, Mark Ribot. Que efeito tem poder trabalhar com alguns dos artistas mais talentosos da cena mundial?

CC: Lindo lindo lindo lindo lindo lindo lindo lindo lindoooooo!!!

Fonte (em italiano): Stillefemminile

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Participação da Chiara no projeto InventaRIO!

Há umas semanas postamos aqui sobre a participação da Chiara no novo álbum do projeto InventaRIO, banda formada por italianos e que mistura influências da música italiana com a música brasileira. No álbum lançado no dia 8 desse mês, o principal parceiro é o cantor Ivan Lins, e o CD conta com versões de suas músicas em italiano e inglês. 

Chiara Civello canta uma das canções do álbum, a faixa 9, versão da famosa música do Ivan Lins, "Lembra de Mim". A versão da Chiara é cantada em inglês e em italiano, e um trecho dela pode ser ouvido abaixo:



"Maybe One Day, Maybe in Vain (Lembra de Mim)"

A música está disponível para download no Itunes da Itália


sábado, 19 de maio de 2012

Entrevista para o mensal italiano Vivessere!



Chiara Civello tem uma história de fábula. O International Herald Tribune a descreve como uma combinação de personalidade, profundidade e sofisticação impressionante. Nascida em Roma, com 18 anos se transferiu para os EUA onde freqüentou a Berklee College Music. Lançou seu primeiro álbum com a prestigiosa etiqueta Verve Records. Ficou conhecida com uma cantora e compositora jazz, compõe em inglês e seu disco de debut foi Last Quarter Moon. Dois anos mais tarde volta à cena musical com The Space Between, que mostra uma parte mais íntima de Chiara. O terceiro álbum nasce em 2010 com o título 7752. Depois de trabalhar com Bacharach e com outros nomes da cena jazz americana, mergulha no ritmo brasileiro. Ana Carolina, hoje estrela do pop brasileira foi a principal colaboradora deste álbum. A virada de Chiara para a canção italiana e o pop coincidiu com o seu retorno à Itália. Após a experiência sanremense, Chiara apresenta seu quinto álbum Al Posto del Mondo, que leva o título da música que escreveu para o Festival.

Pergunta: Vamos logo ao agora, para quê está se preparando?

Chiara Civello: Me preparo para o tour que fará paradas importantes entre elas Roma, a minha cidade, onde estarei no Sistina em 8 de maio e Milão no Teatro Smeraldo em 17 de maio.

No Teatro Sistina, em Roma


Pergunta: É verdade que a escada de Sanremo dá tanto medo? Como você venceu aquela descida?

Chiara: A escada de Sanremo?! Um pesadelo! 8 degraus escorregadios e inclinados para a direita! Parecia “jogos” sem fronteiras ... a primeira prova era com certeza a escada, cantar vinha depois!!!

Pergunta: Todo seu percurso artístico foi acompanhado das viagens, qual tua próxima meta?

Chiara: A minha próxima meta é recuperar uma parte de mim que erroneamente deixei no coração de alguém. Depois disso voltarei a viajar, mesmo estando parada. Enigmática? Talvez sim. Hoje me sinto assim.

Em entrevista para uma rádio italiana


Pergunta: Esta é uma notícia que nos enche de curiosidade, mas sei que não dirá muito mais que isso, então, falemos de projetos. Depois de tantas colaborações com artistas de altíssimo nível, com quem gostaria de trabalhar no futuro?

Chiara: Adoraria encontrar Paolo Conte, Jerry Leeber, Carol King, John Mayer e Ennio Morricone.

Pergunta: Em Sanremo você encontrou Lucio Dalla. Tem uma lembrança dele, algo que queira compartilhar conosco?

Chiara: Sim, uma recordação que guardarei com muito carinho. Na noite que me foi comunicado que eu não tinha passado para a final, Lucio estava sentado perto de mim. Eu não estava triste, mas ele me olhou, e carinhosamente me deu um tapinha sobre o joelho e me disse: “Chiara , eu também fui eliminado...agora somente força e trabalho!” Depois eu liguei pra minha mãe e ela me perguntou se eu estava triste pela eliminação, eu respondi que não poderia estar triste porque estava sentada do lado de Dalla, um dos meus ídolos! Se ele não tivesse ido embora assim, tão cedo, gostaria sem dúvida de ter colaborado com ele.

Pergunta: Você escreveu duas músicas com Rocco Papaleo, Isola e Tre, nos conte como nasceu essa colaboração?

Chiara: Casualmente: nos encontramos quando estávamos em Stromboli, com amigos em comuns, e passamos todos os nossos dias escrevendo. A primeira canção foi Isola, que está no meu segundo disco “The Space Between”. A mais recente, Tre, nasceu de uma melodia que já tinha escrito há tempo. A letra me enlouquece! Fizemos um vídeo muito bonito, que logo estará disponível no meu site (www.chiaracivello.com)

Ilha de Stromboli


Pergunta: Tantos anos longe da Itália, o que você leva do nosso país junto contigo?

Chiara: Melodia, paixão, gosto e senso do belo.

Pergunta: Que lindo! E qual a primeira coisa que faz quando você chega aqui?

Chiara: Chamo todos os meus amigos

Pergunta: O que é hoje, para Chiara, no lugar do mundo?

Chiara: Há pouco tempo era “Uma pessoa que não sabe dizer adeus”, hoje é “Coração vagabundo”

Fonte (em italiano): Vivessere

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Show de Foggia, amanhã, será transmitido ao vivo pela internet!

O site do Festival Innovabilia, que terá uma apresentação da Chiara amanhã às 20h (horário Italiano), vem transmitindo o evento ao vivo em streaming neste link.



Para quem está no Brasil, basta entrar no endereço acima às 15h (horário de Brasília) e curtir o show! A notícia foi dada pelo Facebook Official da Chiara hoje, para comentar da apresentação, basta ir aqui.

Resumindo:

Chiara e Banda
Foggia, Festival Innovabilia 2012
18 de Maio
20h (15h, horário de Brasília)
Live streaming: aqui


Foggiatoday: Chiara Civello em Foggia no próximo dia 18!

Show de Chiara Civello, 18 de maio na Feira de Foggia



Do palco do Ariston de Sanremo ao do Innovabilia 2012, Festival para diferentes habilidades. Em 18 de maio na Feira de Foggia Chiara Civello se apresentará após o show do Tarantula Garganica.

Chiara Civello (Roma, 15 de junho de 1975) é uma cantora e pianista italiana de jazz.

Não obstante seja italiana, Chiara escreve as próprias canções predominantemente em inglês e até mesmo canta e escreve em italiana e português. Seu estilo pode ser descrito como influenciado pelo jazz e da bossa nova.

Em 2012 participou do Festival de Sanremo, sem, todavia, classificar-se para a final, na categoria BIG com a música Al posto del mondo, que antecipa o homônimo quarto álbum de inéditas por trás do evento. Na noite dedicada aos duetos internacionais se apresentou ao palco com o rapper jamaicano Shaggy. Na noite de duetos clássicos foi acompanhada no piano e nos vocais pela vencedora do X Factor 2012, Francesca Michielin.

O show começa às 20h.

Fonte (em italiano): Foggiatoday

domingo, 13 de maio de 2012

Vídeos - Chiara Civello no Teatro Sistina!

Mais vídeos! Dessa vez agradecendo muito e dando todos os créditos a San, que foi ao show e gravou trechos da maioria das músicas que rolaram por lá, e deixou o SOFA' publicar pra vocês. Danke, San!


Tre
 

Il cuore è uno zingaro


If you ever think of me

Night

Un passo dopo l'altro

Coração Vagabundo

Estate


Problemi



Al posto del mondo



L Train



Ma una vita no



Resta



Dimmi perche'



Got to go



Il mondo/Io che amo solo te


Chissà, chissà, chissà

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mais fotos e vídeos do show da Chiara no Teatro Sistina!

O site 06live tem algumas fotos do show que aconteceu na última terça-feira, em Roma:





Fotos tiradas pela Selena Spina (grazieee!):



Os vídeos gravados pela Selena: E Se / Dimmi Perche' Got to Go / A me non devi dire mai

Fotos da Valentina Pierotti, correspondente do SOFA' em Roma!




Vídeos da Valentina:

TRE (Aúdio + Fotos do show)




Ora 

   
Coração Vagabundo (Áudio + Fotos do show + Letra) 

  

Got to Go 

  

Chissà, Chissà, Chissà 



Mais sobre o show: setlist e matéria do Italiamagazine.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Italia Magazine: "Chiara Civello encanta no Sistina de Roma"

Matéria sobre o show no Teatro Sistina.



por Serena De Angelis

Depois de sua afirmação em Sanremo acabou de ser lançado o novo trabalho de Chiara Civello, "Al posto del mondo": um "retorno à casa", disse a cantora, porque depois de três álbuns escritos em inglês, as letras agora estão em italiano.

Chiara Civello começou a turnê com a estréia nacional em 25 de abril, no Teatro Moderno de Fusignano (Ravenna).

E na noite passada chegou à Roma, no local esplêndido do Teatro Sistina, com seu show organizado pela Ventidieci.



Sanremo lhe deu uma grande visibilidade, como ela mesma aponta, e no final são sempre muitos os seus admiradores: no teatro estão os "velhos" fãs", que a seguem desde seu primeiro álbum, "Last Quarter Moon", e os novos, conquistados em Sanremo.

Do jazz à bossa nova, Chiara se move na ponta dos pés e com elegância nas notas: no palco é leve e refinada, e o Sistina parece ser um cenário perfeito.

A acompanha no palco para a primeira música da apresentação Rocco Papaleo: a canção, escrita em conjunto, é "Tre". 



Chiara decidiu incluir no setlist as músicas de seus discos anteriores, para quem não a conhecia antes, além de canções de seu novo álbum, as versões. Essas canções, como ela mesma já afirmou, estão muito próximas ao coração: de "Il cuore è uno zingaro" à Sergio Endrigo e Jimmy Fontana.

Com ela, no palco, Marco Siniscalco (baixao) – Nicola Costa (guitarra) e F. Fratepietro (bateria).

Para mais fotos da Serena e o artigo original em italiano: Italiamagazineonline.it


Vídeo de "A me non devi dire mai", filmado pela Selena (mais tarde postaremos as fotos cedidas por ela!):


 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Show de ontem no Teatro Sistina!

Foto de Valentina Pierotti

Ontem (08/05) a Chiara fez o show mais esperado da turnê Al posto del mondo, no Teatro Sistina, um dos mais renomados da Itália. O SOFA' vai postar fotos e vídeos e áudios da apresentação, que contou com a participação de Rocco Papaleo e a presença de Diana Tejera e Patrizia Cavalli.

Enquanto trabalhamos nos vídeos, o setlist do show!

Foto de Valentina Pierotti



Chiara Civello - 08.05.2012 - Teatro Sistina

01. Tre (com Rocco Papaleo)
02. Hey caro ragazzo
03. E se
04. Il cuore è uno zingaro
05. If you ever think of me
06. Night
07. Un passo dopo l'altro/Coração Vagabundo
08. Ora


(Troca de roupa)


09. Estate (solo com piano)
10. Problemi
11. Al posto del mondo
12. L Train
13. Ma una vita no
14. Resta
15. Un uomo che non sa dire addio
16. A me non devi dire mai
17. Dimmi perché
18.Go to go
19. Il mondo/Io che amo solo te (solo com violão)
20. Chissà chissà Chissà


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Chiara no La Repubblica e no Corriere!

Os dois jornais italianos publicaram matérias sobre a nova turnê e o próximo show, que acontece no Teatro Sistina, no dia 8:

Torino Jazz Festival 2012


La Repubblica

Protagonista do revival jazz italiano, compositora e intérprete de voz quente e harmônica, Chiara Civello chega em concerto no Teatro Sistina, terça, 8 de maio. Na exibição apresentará Al Posto del Mondo, seu último trabalho que leva o título da canção apresentada no último Sanremo. Dez músicas, a maioria composta pela própria Civello, juntamente a Diana Tejera e autores importantes como Bungaro, Ana Carolina, Burt Bacharach, seu grande defensor. Nascida em Roma, inicia tocando piano e violão, mas é no canto que encontra a sua vocação musical, paixão que aprofunda nos estudos na prestigiosa Berklee de Boston, onde se forma em 1998. Se transfere para Nova York e mergulha no estudo da música latina.

A volta na sua carreira chega em 98 depois da composição de Parole Incerte, uma canção que chega aos ouvidos do produtor Russ Titelman, notável colaborador de Paul Simon, Rickie Lee Jones e James Taylor, e decide produzir suas canções. Nasce assim a estréia Last Quarter Moon, com títulos em inglês e italiano, e uma homenagem a Suzanne Veja através da reinterpretação da célebre Caramel, e que a torna imortal como a primeira italiana a assinar com a prestigiosa etiqueta jazz Verve.

O fato maravilhoso é que a própria artista afirma que a sua música vai além do encontro cm todas as etiquetas: uma mstura de jazz, música brasileira, blues, soul e funky. Depois chega o álbum the Space Between, produzido por Steve Addabbo para a Emarcy em 2007 e 7752 pela Universal Music, em concertos e turnês em programas de televisão brasileiros e nos EUA. Como acontece frequentemente, a sua popularidade deu um salto depois da participação entre os Big do Festival de Sanremo.

Durante o concerto no Sistina, a artista será acompanhada por Andrea Rosatelli no baixo, Fabrizio Fratepietro na bateria, Nicola Costa na guitarra e Andrea Sammartino nos teclados, e apresentará canções de seu repertório e outras canções históricas como Um cuore è uno zíngaro, Io Che amo solo te e Il Mondo.O concerto também será enriquecido pela fotógrafa e vídeo maker ítalo-londrina Ra di Martino, com projeções originais de fotografias e vídeos.


Torina Jazz Festival 2012


Corriere della Será 
Por Roselli Raffaele

A cantora jazz redescobre o pop.

“Apresentarei, como é óbvio, as canções de meu ultimo álbum, Al Posto del Mondo. Mas, com a visibilidade que Sanremo me deu e o fato de que, provavelmente, terão pessoas que não conhecem meus trabalhos anteriores, cantarei músicas dos meus três discos anteriores, como Ora e Night. E também algumas canções que estão em particular no meu coração, que não escrevi, mas que gostaria de te-las escrito, por exemplo, Um cuore è uno zíngaro, que também gravei. Ou um medley que fiz e que apresento há mais ou menos um ano, de Sergio Endrigo e Jimmy Fontana, com Io Che amo solo te e Il Mondo. E também uma versão de Estate, de Bruno Martino.”

Mais do que uma cantora jazz apaixonada pela bossa nova, Chiara Civello. Já na véspera do concerto que fará no Teatro Sistina, na terça, 8 de maio, se entende que as definições são estreitas e que decidiu se mover com a máxima liberdade e grande respeito, para não dizer agradecimento, para as grandes canções de autores italianos. Ela confirma: “ Creio que os gêneros e as definições servem mais para quem as escuta do que para quem as faz. São as pequenas batalhas. Eu me associo a um estilo que aqui na Itália não é muito popular, mas na realidade, no exterior é considerado pop. Se tu pensa nas músicas de Norah Jones, ou aqueles sons mais acústicos como Diana Kroll e Melody Gardot, é um tipo de música que tem sua vertente, se nutre de várias influencias mas tem uma autoria própria”.

Chiara é uma nômade da música. Ela estudou na mítica Berklee College, que continua a formar talentos do jazz internacional. Em Boston , fez uma verdadeira miscelânea, tocando em restaurantes, casamentos, bailes. Depois em NY, o primeiro contato com a prestigiosa Verve, um álbum que entre outras coisa foi Trouble, escrita a quatro mãos com Bacharach. Depois o Brasil, para onde Chiara se mudou para entender os segredos de uma outra extraordinária escola de vida e de música. Este novo trabalho, Al Posto del Mondo, é o primeiro gravado e produzido inteiramente na Itália: “ É um pouco o meu retorno à casa. De um certo modo eu sentia dentro de mim que crescia o interesse, o amor por aquilo que é muito italiana que é a melodia. Sempre mais escrevia em italiano. E era aquilo que o público queria escutar de mim, porque sou italiana. Devagar fui observando o quanto era difícil eu girar o mundo sem ter feito uma relação com o grande público do meu país.” 

Se explica assim a decisão de participar de Sanremo: "O balanço dessa experiência é absolutamente positivo. Foi emocionante. Sim, é uma manifestação que cria muita pressão, não é fácil ser representado aos cem por cento naquilo que és, porque faz parte também de um show maior, deves responder a certas exigências que vão além da tua canção, da tua representação. Se faria de novo? Sim, certamente”.

Fonte: Corriere

sábado, 5 de maio de 2012

Chiara Civello no Sistina é destaque do Correio Dello Sport



Chiara Civello ao vivo no Teatro Sistina

Uma mistura enérgica de jazz e ritmos brasileiros. Mas também com toque de tango e latinidade, de notas clássicas que relembram todos os gêneros musicais e nenhum em particular. Tudo isso é Chiara Civello e seu rio de notas que correm na alma de quem a ouve, de maneira refinada e passional. Ao vivo no Teatro Sistina, no próximo 8 de maio, a artista apresenta no palco romano o seu último trabalho, perfeito equilíbrio de talento e sons provenientes de todos os lados do mundo, que destacam um talento cristalino. Se como fala Chiara Civello, seu primeiro trabalho é para encontrar-se, o segundo recolher-se, o terceiro é encontrar-se, o quarto – Al Posto del Mondo – poderia ser tranquilamente o disco de deixar-se ir. Deixar-se ir no universo musical de uma artista capaz de passar livremente entre todas as fronteiras musicais, reassumindo de maneira sinérgica todos os gêneros em completa liberdade. A mesma liberdade que suscita o ouvir de suas músicas. A mesma liberdade que podem ter ao vivo todos os que escolherem o Sistina no próximo 8 de maio.

Última parte da Chiara no Invito Personale!

Na última parte do show feito especialmente para a Rai Radio1, a Chiara canta novamente a última música de trabalho, faixa 2 do Al posto del mondo, "Hey caro ragazzo", e se despede do público do teatro e dos internautas... :)

Pra quem perdeu alguma parte do show: parte 1, parte 2, parte 3, parte 4, parte 5, parte 6, parte 7





Chiara Civello: Fabrizio Fratepietro, Andrea Sammartino, Ruggero Brumetti e Andrea Rosatelli!

Entrev: Chiara Civello nossa convidada especial, recordando novamente: 25 de abril no Teatro Moderno de Fusignano, 01 maio Torino Jazz Festival, 03 maio Teatro del Fuoco de Foggia, no Teatro Sistina, no templo, em Roma, em 8 de maio e 11 de maio no Teatro Comunale de Bologna. São 22h53, não falamos a hora porque voou, duas horas! Você cantou por 2 horas! E não sei o quanto se sente cansada, também porque queremos um Bis!

CC: Começaria tudo novamente!

Entrev: Precisamente! Receba o aplauso do público!

CC: Adoráveis! Penso também no público em casa, que está nos ouvindo, quero agradecer muito... é estranho mas é como se eu imaginasse outras 500 mil cadeiras nesta sala...é muito emocionante!

Entrev: Um pouco mais, um pouco mais, perguntemos a Maurizio Foderare agora!

Entrev: se fosse falar todos que estão ouvindo ficaríamos toda a noite! Vamos falar uma coisa: chegamos ao momento em que o artista e o grupo saem, e depois há os aplausos, e depois retornam para fazer o Bis e recebem os aplausos...vamos dizer que já fizemos essa parte, e devemos ouvir então, Chiara Civello!

CC: Então, obrigada, realmente obrigada, Maurizio, a todos! Eu quero cantar novamente a segunda canção que cantei antes, que é o novo single, de agora...é uma canção que escrevi com um amigo, ator e também grande autor, já escrevemos muitas coisas juntos, entre eles Um uomo Che non sa dire addio, e agora, gostaria de apresentar, a todos vocês em casa, e a todos vocês aqui, com um agradecimento por estarem aqui, por estarem nos ouvindo, esperamos que tenham gostado, Hey caro ragazzo...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Chiara no Invito Personale, parte 7!


Chiara fala de Burt Bacharach e canta duas músicas do último álbum, "Scusa" e "Got to go":
(parte 1, parte 2, parte 3, parte 4, parte 5, parte 6)



Antes de "Scusa": 


Entrev: Cara Chiara, este teu álbum “Al Posto del Mondo”, foi produzido, arranjado e gravado inteiramente na Itália. Esta canção que acabamos de ouvir, “A me non devi dire mai”, escrita à quatro mãos com Búngaro, e tantas outras que ouvimos esta noite... Desde a Verve, agora voltou à Itália, e é realmente ótimo te reencontrar e te ter junto conosco. Continuamos então, e antes de chegar fim, ah, quero te fazer uma pergunta muito feminina , mas somente no fim... 

CC: Vai, vai, eu quero saber agora!

Entrev: (risos) não, no final, é sobre a última música! ____________ é uma grande história esta que contamos, também para quem está nos ouvindo, aqui, na Sala A, mas sobretudo fora, em casa, através da Raí Radio 1. Vamos em frente: “Scusa”!

CC: Yesss!

Depois de "Scusa": 

Entrev: Tu queres que eu faça aquela pergunta?

CC: Certo, sim, tu deves fazer a pergunta!

Entrev: Bem, aqui chegamos, como dizem as crianças, ao começo da história, porque nesse álbum há a famosa canção escrita à quatro mãos com o Burt Bacharach... como é a casa de Burt?

CC: A casa de Bacharach tem um piano em cada ambiente...é uma casa muito grande em Santa Mônica e ele tem vários pianos...um no salão e dois no estúdio, enfim, é uma casa belissima.

Entrev: Mas quando tu entrou tu não ficou...("admirada")?

CC: Eu esperava uma casa belíssima, ele escreveu grandes sucessos mundiais, eu não imaginava de encontrar ele numa cabana ou nos guetos de Boston ou Santa Mônica (risos), porém, ele é uma pessoa muito acolhedora, uma pessoa elegantemente simples e encontrá-lo pessoalmente foi fantástico e trabalhar junto, escrever junto com ele foi muito lindo. Ainda hoje, quando escrevo uma canção, eu trago dentro de mim, tenho e me lembro daquilo que fizemos juntos e de como algumas coisas, daqueles três dias, ficaram e não me deixarão mais.

Entrev: Sobre esta garota, o International Herald Tribune escreveu: “a combinação de personalidade, profundidade e sofisticação é impressionante”. Até aqui, porque agora chegamos ao final, pelo qual será tudo diferente e terá outras sensações. Mas se você fosse deixar a sua marca, deixaria vuoco feno ou uma canção memorável a partir daqui ou quem sabe...

CC: Uma canção memorável, certamente...

Entrev: Tipo aquela escrita com Burt, não, ou a próxima, aquela que ainda escreverá?

CC: Provavelmete já escrevi, não sei, é preciso que a história nos revele qualquer detalhe a mais antes de...

Entrev: Tens alguns segredos você...que não revelou esta noite...

CC: Sim! Todos temos segredos, não?! (risos)

Entrev: E vai...segredos de Chiara Civello! (aplausos)


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Turim festeja o 1º de maio com festival de jazz!

Matéria de hoje do Italia Magazine Online falando da última noite de shows do Torino Jazz Festival, que esbanjou qualidade mesmo sob a forte chuva que caía na cidade. A Chiara se apresentou no momento chamado de "A Grande Festa Jazz", e a reportagem que acompanhava o Festival presenciou o momento:



"Com o cair da noite chega Chiara Civello, artista que vem do festival de Sanremo, e estava acompanhada de um outro monumento vivo da musica jazz: Fabrizio Bosso. Uma voz límpida e sincera e um trombone tocado de forma magistral valorizaram e contribuíram para uma noite inesquecível." 





Clique nas fotos para ver em tamanho original!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Chiara no Invito Personale, parte 6!

Sexta parte do show feito para a Rai Radio1. Após cantar "Ma una vita no", a Chiara fala de saudades e de "momentos amargos" e como lidar com eles. :) Depois canta "Resta", "Dimmi perche'" e "A me no devi dire mai". (parte 1, parte 2, parte 3, parte 4, parte 5)





Chiara Civello: O solo foi do mítico Ruggero Brunetti! Para falar para os ouvintes que não estão vendo aqui, a banda não está assim, para, que somente toca e pronto, eles se movem e participam!

Entrev: Escuta, eu quero te perguntar uma coisa: “Di giorni amari una vita no” . Falamos, e sinceramente, você é uma mulher de sorte, porque teve tantos encontros felizes e também fortuitos...você foi a primeira italiana a ter um contrato com a Verve, a casa discográfica americana...estamos falando de tudo um pouco, temos que ir em frente...você teve um "momento amargo" (referência à letra de "Ma una vita no")? Teve algum momento que...

CC: Um??!! (risos)

Entrev: Tem muitos garotos que esperam, talvez, que as coisas aconteçam assim, fácil... mesmo que hoje nada seja fácil, nesses tempos... enfim, todos que buscam uma carreira artística, uma carreira musical... Tente descrever o quanto é difícil superar aquele momento ruim.... não tanto o quanto é bom chegar a _______ enfim....

CC: Bem, eu acredito que a melancolia faz parte do nosso trabalho, e é recolhida e transformada...os dias tristes são importantes, porque se não tem os dias tristes, como definir os dias belos? Sim, talvez seja específica do trabalho criativo que se faz, como uma apresentação assim, é... sim, os dias melancólicos são fundamentais...e a luta é o que te faz forte, como dizem os americanos, aquilo que não te mata te fortalece... então...

Entrev: É também aquilo que dizem os brasileiros, a famosa “saudade”, se você consegue controlar até o fim... 

CC: A saudade é realmente uma outra coisa, porque a saudade é um conceito que só os brasileiros conseguem entender de fato, porque é uma palavra que só existe em português: saudade...é uma melancolia com uma conotação positiva, tem um fundo positivo.

Entrev: Mas somente no mundo artístico há aquela tristeza de ter a distância...se tu transforma em algo positivo, se tu consegues tornar positivo tudo aquilo que é um trabalho, como quando tinhas 16, 14, até agora... então os dias felizes estão mais perto, mais possíveis... nesse sentido...alguma coisa esses dias ruins também ensinam, não?

CC: Com certeza, com certeza...

Entrev: Então, estamos ao vivo, da Via Aziago, de Roma, uma noite especial, um convite pessoal para Chiara Civello e sua banda que continua....

Matéria do Il Tempo sobre o encerramento do Torino Jazz Festival, hoje!

Entrevista feita hoje pelo Il Tempo, antes do show que acontecerá à noite na praça Castello, em Turim, como encerramento do Torino Jazz Festival. (Grazie Sony Crys, pela dica!)
Chiara Civello: "Depois de Sanremo uma vida nova"
por Gabriele Antonucci

Piazza Castello

A artista fará sua performance no último dia do Torino Jazz Festival. Na programação, Bosso e Bollani

Se o primeiro de maio é associado ao grande show na praça San Giovanni, neste ano o Torino Jazz Festival oferece para a festa dos trabalhadores uma alternativa válida e de qualidade.

Das 17h até tarde da noite na praça Castello se alternará um grupo de estrelas que inclui os nomes de Lino Patruno, Greg, Trio Rosenberd, Peppe Servillo, Stefano Bollani, Fabrizio Bosso e Chiara Civello. Encontramos a cantora romana na manhã de seu show, um dos mais esperados do Primeiro de Maio na sombra da Mole Antonelliana. 

Mole Antonelliana, em Turim.


Chiara Civello, como é tocar esta noite na praça Castello, uma das maiores da Itália?

Estou muito contente em participar do Torino Jazz Festival, a praça não me assusta, na verdade: quanto maior é a praça maior é a emoção que posso transmitir. Para mim também é uma oportunidade de fazer descobrir minha música a quem ainda não me conhece ou que somente ouviu a canção de Sanremo.

Que repertório apresentará?
Será uma excursão que vai mostrar o que é a minha música hoje, rica em influências entre pop, jazz, soul e bossa nova. Apresentarei principalmente canções do meu último álbum, "Al posto del mondo", mas também algo do passado, como "Resta", na qual farei dueto com o trombone de Fabrizio Bosso.

Que tipo de experiência ficou para você, que vem do jazz, aquela de Sanremo?

Foi um modo de me apresentar ao grande público. Para mim, que toquei tantos anos na América, é gratificante ser conhecida também no meu país. Com Sanremo você faz parte de um mecanismo que é muito maior do que você, mas com "Al posto del mondo" eu não devia me desnaturar: permaneci perfeitamente fiel ao meu estilo.

Como foi fazer dueto com um artista como Shaggy, muito diverso de você, na noite dedicada aos convidados internacionais?

Eu estava curiosa para cantar junto com o Shaggy, creio que as colaborações não devam vir somente da afinidade, mas também das junções imprevisíveis. Só sinto muito por ele não estar em melhor forma por conta de uma gripe terrível.

O que representa Roma, para você?

É a cidade em que nasci e que vivo agora como uma turista. Quando vou correr e passo em frente à minha escola primária em Esquilino dá vontade de chorar. Não vejo a hora de me apresentar em 8 e maio no Sistina, o templo da música no coração da minha cidade.

Prefere cantar em inglês ou italiano?

Não tenho problemas em cantar em inglês ou italiano, mas quando canto na minha língua há uma emoção muito particular. Me sinto em casa.

Fonte (em italiano): Il Tempo