segunda-feira, 7 de maio de 2012

Chiara no La Repubblica e no Corriere!

Os dois jornais italianos publicaram matérias sobre a nova turnê e o próximo show, que acontece no Teatro Sistina, no dia 8:

Torino Jazz Festival 2012


La Repubblica

Protagonista do revival jazz italiano, compositora e intérprete de voz quente e harmônica, Chiara Civello chega em concerto no Teatro Sistina, terça, 8 de maio. Na exibição apresentará Al Posto del Mondo, seu último trabalho que leva o título da canção apresentada no último Sanremo. Dez músicas, a maioria composta pela própria Civello, juntamente a Diana Tejera e autores importantes como Bungaro, Ana Carolina, Burt Bacharach, seu grande defensor. Nascida em Roma, inicia tocando piano e violão, mas é no canto que encontra a sua vocação musical, paixão que aprofunda nos estudos na prestigiosa Berklee de Boston, onde se forma em 1998. Se transfere para Nova York e mergulha no estudo da música latina.

A volta na sua carreira chega em 98 depois da composição de Parole Incerte, uma canção que chega aos ouvidos do produtor Russ Titelman, notável colaborador de Paul Simon, Rickie Lee Jones e James Taylor, e decide produzir suas canções. Nasce assim a estréia Last Quarter Moon, com títulos em inglês e italiano, e uma homenagem a Suzanne Veja através da reinterpretação da célebre Caramel, e que a torna imortal como a primeira italiana a assinar com a prestigiosa etiqueta jazz Verve.

O fato maravilhoso é que a própria artista afirma que a sua música vai além do encontro cm todas as etiquetas: uma mstura de jazz, música brasileira, blues, soul e funky. Depois chega o álbum the Space Between, produzido por Steve Addabbo para a Emarcy em 2007 e 7752 pela Universal Music, em concertos e turnês em programas de televisão brasileiros e nos EUA. Como acontece frequentemente, a sua popularidade deu um salto depois da participação entre os Big do Festival de Sanremo.

Durante o concerto no Sistina, a artista será acompanhada por Andrea Rosatelli no baixo, Fabrizio Fratepietro na bateria, Nicola Costa na guitarra e Andrea Sammartino nos teclados, e apresentará canções de seu repertório e outras canções históricas como Um cuore è uno zíngaro, Io Che amo solo te e Il Mondo.O concerto também será enriquecido pela fotógrafa e vídeo maker ítalo-londrina Ra di Martino, com projeções originais de fotografias e vídeos.


Torina Jazz Festival 2012


Corriere della Será 
Por Roselli Raffaele

A cantora jazz redescobre o pop.

“Apresentarei, como é óbvio, as canções de meu ultimo álbum, Al Posto del Mondo. Mas, com a visibilidade que Sanremo me deu e o fato de que, provavelmente, terão pessoas que não conhecem meus trabalhos anteriores, cantarei músicas dos meus três discos anteriores, como Ora e Night. E também algumas canções que estão em particular no meu coração, que não escrevi, mas que gostaria de te-las escrito, por exemplo, Um cuore è uno zíngaro, que também gravei. Ou um medley que fiz e que apresento há mais ou menos um ano, de Sergio Endrigo e Jimmy Fontana, com Io Che amo solo te e Il Mondo. E também uma versão de Estate, de Bruno Martino.”

Mais do que uma cantora jazz apaixonada pela bossa nova, Chiara Civello. Já na véspera do concerto que fará no Teatro Sistina, na terça, 8 de maio, se entende que as definições são estreitas e que decidiu se mover com a máxima liberdade e grande respeito, para não dizer agradecimento, para as grandes canções de autores italianos. Ela confirma: “ Creio que os gêneros e as definições servem mais para quem as escuta do que para quem as faz. São as pequenas batalhas. Eu me associo a um estilo que aqui na Itália não é muito popular, mas na realidade, no exterior é considerado pop. Se tu pensa nas músicas de Norah Jones, ou aqueles sons mais acústicos como Diana Kroll e Melody Gardot, é um tipo de música que tem sua vertente, se nutre de várias influencias mas tem uma autoria própria”.

Chiara é uma nômade da música. Ela estudou na mítica Berklee College, que continua a formar talentos do jazz internacional. Em Boston , fez uma verdadeira miscelânea, tocando em restaurantes, casamentos, bailes. Depois em NY, o primeiro contato com a prestigiosa Verve, um álbum que entre outras coisa foi Trouble, escrita a quatro mãos com Bacharach. Depois o Brasil, para onde Chiara se mudou para entender os segredos de uma outra extraordinária escola de vida e de música. Este novo trabalho, Al Posto del Mondo, é o primeiro gravado e produzido inteiramente na Itália: “ É um pouco o meu retorno à casa. De um certo modo eu sentia dentro de mim que crescia o interesse, o amor por aquilo que é muito italiana que é a melodia. Sempre mais escrevia em italiano. E era aquilo que o público queria escutar de mim, porque sou italiana. Devagar fui observando o quanto era difícil eu girar o mundo sem ter feito uma relação com o grande público do meu país.” 

Se explica assim a decisão de participar de Sanremo: "O balanço dessa experiência é absolutamente positivo. Foi emocionante. Sim, é uma manifestação que cria muita pressão, não é fácil ser representado aos cem por cento naquilo que és, porque faz parte também de um show maior, deves responder a certas exigências que vão além da tua canção, da tua representação. Se faria de novo? Sim, certamente”.

Fonte: Corriere