sábado, 19 de maio de 2012

Entrevista para o mensal italiano Vivessere!



Chiara Civello tem uma história de fábula. O International Herald Tribune a descreve como uma combinação de personalidade, profundidade e sofisticação impressionante. Nascida em Roma, com 18 anos se transferiu para os EUA onde freqüentou a Berklee College Music. Lançou seu primeiro álbum com a prestigiosa etiqueta Verve Records. Ficou conhecida com uma cantora e compositora jazz, compõe em inglês e seu disco de debut foi Last Quarter Moon. Dois anos mais tarde volta à cena musical com The Space Between, que mostra uma parte mais íntima de Chiara. O terceiro álbum nasce em 2010 com o título 7752. Depois de trabalhar com Bacharach e com outros nomes da cena jazz americana, mergulha no ritmo brasileiro. Ana Carolina, hoje estrela do pop brasileira foi a principal colaboradora deste álbum. A virada de Chiara para a canção italiana e o pop coincidiu com o seu retorno à Itália. Após a experiência sanremense, Chiara apresenta seu quinto álbum Al Posto del Mondo, que leva o título da música que escreveu para o Festival.

Pergunta: Vamos logo ao agora, para quê está se preparando?

Chiara Civello: Me preparo para o tour que fará paradas importantes entre elas Roma, a minha cidade, onde estarei no Sistina em 8 de maio e Milão no Teatro Smeraldo em 17 de maio.

No Teatro Sistina, em Roma


Pergunta: É verdade que a escada de Sanremo dá tanto medo? Como você venceu aquela descida?

Chiara: A escada de Sanremo?! Um pesadelo! 8 degraus escorregadios e inclinados para a direita! Parecia “jogos” sem fronteiras ... a primeira prova era com certeza a escada, cantar vinha depois!!!

Pergunta: Todo seu percurso artístico foi acompanhado das viagens, qual tua próxima meta?

Chiara: A minha próxima meta é recuperar uma parte de mim que erroneamente deixei no coração de alguém. Depois disso voltarei a viajar, mesmo estando parada. Enigmática? Talvez sim. Hoje me sinto assim.

Em entrevista para uma rádio italiana


Pergunta: Esta é uma notícia que nos enche de curiosidade, mas sei que não dirá muito mais que isso, então, falemos de projetos. Depois de tantas colaborações com artistas de altíssimo nível, com quem gostaria de trabalhar no futuro?

Chiara: Adoraria encontrar Paolo Conte, Jerry Leeber, Carol King, John Mayer e Ennio Morricone.

Pergunta: Em Sanremo você encontrou Lucio Dalla. Tem uma lembrança dele, algo que queira compartilhar conosco?

Chiara: Sim, uma recordação que guardarei com muito carinho. Na noite que me foi comunicado que eu não tinha passado para a final, Lucio estava sentado perto de mim. Eu não estava triste, mas ele me olhou, e carinhosamente me deu um tapinha sobre o joelho e me disse: “Chiara , eu também fui eliminado...agora somente força e trabalho!” Depois eu liguei pra minha mãe e ela me perguntou se eu estava triste pela eliminação, eu respondi que não poderia estar triste porque estava sentada do lado de Dalla, um dos meus ídolos! Se ele não tivesse ido embora assim, tão cedo, gostaria sem dúvida de ter colaborado com ele.

Pergunta: Você escreveu duas músicas com Rocco Papaleo, Isola e Tre, nos conte como nasceu essa colaboração?

Chiara: Casualmente: nos encontramos quando estávamos em Stromboli, com amigos em comuns, e passamos todos os nossos dias escrevendo. A primeira canção foi Isola, que está no meu segundo disco “The Space Between”. A mais recente, Tre, nasceu de uma melodia que já tinha escrito há tempo. A letra me enlouquece! Fizemos um vídeo muito bonito, que logo estará disponível no meu site (www.chiaracivello.com)

Ilha de Stromboli


Pergunta: Tantos anos longe da Itália, o que você leva do nosso país junto contigo?

Chiara: Melodia, paixão, gosto e senso do belo.

Pergunta: Que lindo! E qual a primeira coisa que faz quando você chega aqui?

Chiara: Chamo todos os meus amigos

Pergunta: O que é hoje, para Chiara, no lugar do mundo?

Chiara: Há pouco tempo era “Uma pessoa que não sabe dizer adeus”, hoje é “Coração vagabundo”

Fonte (em italiano): Vivessere