quinta-feira, 8 de maio de 2014

Entrevista ao Ansa.it!

Também na ocasião do lançamento do Canzoni, que está em primeiro lugar dentre os discos de Jazz no Itunes! <3 

"Meu tributo ao repertório italiano. Esta vez sou somente intérprete."
Vídeo da entrevista neste link.





Uma homenagem ao repertório italiano, de respiro internacional, mas que ao mesmo tempo mantém sua experiência e seu percurso artístico. A cantora e compositora romana Chiara Civello, em quinto trabalho em estúdio, lançado hoje pela Sony Music, com uma diferença em relação aos outros: “É o meu primeiro disco como intérprete. Decidi reunir tudo o que amava e mostrar." 

Chiara diz: “Ao meu modo, apresentando as canções com menos dramaticidade e com ar mais cool, seguindo a tradição dos intérpretes americanos. Sobretudo em um momento de promessas e mudanças para Itália, como este em que estamos vivendo”. O resultado é um disco com 17 músicas de artistas símbolos da cena musical das últimas décadas – mas mostrando uma visão da Itália um pouco mais atual ao exterior. “Escolhi fazer um disco de canções italianas – destaca a artista que já pensa no próximo álbum de inéditas – agora que encontrei a sonoridade ideal – que vai dos anos 60 até hoje: de Bindi a Vasco Rossi, de Subsonica a Pino Donaggio a Jimmy Fontana. Também há uma homenagem a Enzo Jannacci.”

“É um disco que não podia sonhar mais, porque tive a participação de pessoas incríveis, na produção e execução das músicas. Juntamente com Chiara o disco conta com participação de artistas de calibre como Gilberto Gil, Chico Buarque, Ana Carolina e Esperanza Spalding, que deram voz e talento a este tributo. Os três primeiros são brasileiros, Chico e Gil não necessitam descrição, Ana Carolina é a estrela do pop no Brasil, enquanto Esperanza é estrela do jazz na América do Norte. Não poderia querer mais, o conceito Itália a nível pessoal. Foi um presente muito bonito. O fio condutor das músicas do disco é o amor – mas não somente o amor feliz, o amor em todas as suas faces. O amor que nos faz viver, é a medida que faz nos relacionar com a vida. Sem amor, o que somos?”

É o que diz Chiara, que entre as 17 canções, não quer e não pode escolher uma em particular: “Todas são profundamente ligadas ao meu coração e à minha existência.” A produção artística é de Nicola Conte (o produtor mais apropriado a deixar este repertório com um sound mais internacional), os arranjos feitos por Eumir Deodato, e o álbum foi gravado com a orquestra sinfônica de Praga. 

Chiara participou também do festival de Sanremo (“o verdadeiro desafio foi descer aquelas escadinhas”) e está feliz de estar em casa, mas também admite: “no nosso país a música não tem a mesma importância no cotidiano como é nos outros lugares, com uma participação maior na vida criativa de um musicista. Falta espaço, não tem vitalidade. A única febre é a TV, que oferece somente imediatismo. Os talentos? A verdadeira voz artística se desenvolve com experiência. E no talento os jovens não tem nem tempo de se dar conta.“