quinta-feira, 22 de março de 2012

"Chiara Civello, voz e fascínio"

Matéria do L'Arena.it anunciando o pocket que aconteceu hoje, na FNAC Verona:


Uma das melhores cantoras da atualidade hoje, às 18h (hora italiana), apresenta seu novo CD. Partindo do jazz, explorou outros gêneros de experências americanas e brasileiras.

Não foi à final, mas o dueto com Francesca Michielin foi uma das melhores coisas ouvidas no Festival de Sanremo. Além do significado da canção (escrita juntamente com Diana Tejera), ali Chiara Civello deu uma bela demonstração de seus dotes vocais nada comuns: timbre aveludado, sensual, pastoso, capaz de voar alto e de emocionar.

Hoje Chiara estará no Fórum FNAC, às 18 horas, para apresentar ao vivo seu novo álbum, intitulado exatamente de Al Posto del Mondo, lançado no mês passado pela Sonic Music. É um trabalho multifacetado e estilisticamente heterogêneo, confirmando um caminho mais livre dos cânones estritamente jazzísticos, de onde a compositora romana partiu em 2005. Em resumo, mesmo se em termos de venda Chiara não estourou, parece que ela tende a se exprimir com liberdade, um pouco ao exemplo de Norah Jones, esta também passou do jazz a outros territórios, até mesmo pelo country.


Civello explicou que mesmo a canção apresentada em Sanremo não fosse fácil para se ajustar ao pop do festival, mas uma música repleta de aspectos que a convergem, inclusive um convite melódico anos 60.
Um território, este, que ela demonstra amar também reapresentando um passado de clássicos como Il mondo di Jimmy Fontana, Io che amo solo te di Sergio Endrigo, Il cuore è uno zingaro di Nicola Di Bari (este já nos anos '70) e, no Festival di Sanremo, interpretando em dueto con Shaggy  Io che non vivo senza te de Pino Donaggio (em inglês You don't have to say you love me).

Depois de anos vivendo em New York (e nos EUA, o disco de estréia com a Verve, Last Quarter Moon, que contou com a colaboração autoral do grande Burt Bacharach, outro maestro da melodia) e as sucessivas, e notáveis experiências brasileiras no Rio (percebe-se o amor pela bossa nova) Civello parece propensa a uma síntese pessoal de tudo que acumulou até hoje.