sábado, 10 de março de 2012

Resumo da entrevista do pocket show de Roma, dia 09/03

Chiara fala sobre como é seu processo de composição com Bungaro, que foi apresentado a ela por Diana Tejera. Diz que se encontraram algumas vezes no ano passado, quando ela ainda não estava no processo de gravação. Em novembro, quando decidiu fazer o álbum, sentiu que precisava de uma canção e o chamou. Diz que com ele o processo de composição é muito diferente do que o com a Diana Tejera, por exemplo, porque elas são amigas e é difícil não falarem sobre coisas pessoais. Bungaro, diz, do signo de gêmeos, como ela, tem essa alma gêmea que sempre está no recinto: ela e seu oposto e Bungaro e o oposto dele, e de repente, vão de não gostar de uma ideia para ficarem apaixonados por ela, o que garante resultados inesperados para a música.


Chiara diz que Diana agora é uma parceria indispensável, que o jeito delas de compor é especial porque 90% do tempo é conversando de fofocas e segredos e o resto é de concentração absoluta, quando as canções nascem. Chamada ao palco, Diana confirma dizendo que na maioria do tempo elas fazem outras coisas que não compor, e então Chiara diz que Diana tem uma relação tão apaixonada com o celular que as sessões de composição são frequentemente interrompidas, seja por isso, seja porque a Diana tem outras compromissos que somente avisa na hora :) Mas que as canções, magicamente, acontecem mesmo assim.

Quando o repórter pergunta para Diana um defeito de Chiara, ela diz, em tom de brincadeira, que Chiara é "vingativa", depois fala que Chiara vive em outro mundo, num mundo paralelo, vidas paralelas, e que às vezes você pensa que ela está ali e ela não está. Chiara diz que, na verdade, está sim.

Por fim, sobre o porque da parceria dar certo, Chiara diz que "na colaboração é diferente...em relacionamentos, até aquela intimidade sentimento pode arruinar tudo, porque você fica preguiçoso. Nas colaborações artísticas e ao escrever junto a intimidade te faz muito mais focado em superar ideias ruins e te faz atingir melhores resultados".


Falando sobre o futuro, ela diz "você está falando com alguém que tem problemas em imaginar o café da manhã do dia seguinte, porque sou indecisa até na frente do bar. (...) Não tomo decisões, elas me tomam. Mas para falar a verdade eu acredito que entrei no desejo de escrever mais canções, cantar em vários lugares, e a popularidade e fama somente podem me ajudar a fazer mais shows, aumentar o cachê e colaborar o máximo possível, encontrar mais pessoas."


Quando perguntada se ela inveja algo dos tempos passados, na música, disse que sente muito que, pela crise do mercado musical internacional, o CD esteja perdendo importância, porque o formato expressa o artista pelo design, sequência das músicas, e que tudo isso é importante na criação de um album.


Por fim, chamou a poetisa Patrizia Cavalli ao palco, mas não sem anter ler um poema dela (traduzido no post anterior) e afirmar que foi uma pessoa que a ajudou a entender mais o significado da poesia. Falaram um pouco sobre a composição de "E Se", como Chiara se recusou a colocar uma palavra na música ("caviar") e Cavalli disse que elas brigam bastante porque Chiara tem fortes ideias e Patricia está acostumada a sempre ganhar as disputas.